SEXUALIDADE NA TERCEIRA IDADE - parte I
O número de idosos vem crescendo de maneira acelerada no Brasil e no mundo.
As estatísticas da Organização Mundial de Saúde mostram que, nas últimas duas
décadas, os países da América Latina vêm aumentando significativamente a expectativa
de vida e promovendo melhores condições de saúde aos "envelhescentes". No Brasil a expectativa de vida ao nascer, para ambos os sexos, já alcança os 75 anos,
tal como em alguns países considerados desenvolvidos.
A velhice na cultura ocidental ainda hoje é sinônimo de incapacidade, de
decadência, de perdas biológicas, e sociais .
Enfim, um estado de
declínio, de decrepitude física e mental, tornando os idosos despojados no campo
econômico, social e também sexual. Porém, envelhecer não está atrelado a enfraquecer, ficar triste, ou ser assexuado.
A sexualidade só vai mudar de aspecto!
A sexualidade na terceira idade é um direito de
todos os idosos, nem sempre respeitado. O desejo existe enquanto há vida e pode ser
descoberto, ou redescoberto e vivenciado em qualquer idade.
Apesar das modificações ocorridas no organismo, ocorre a troca do
“desempenho sexual atlético”, em que os pares estão em disputas performáticas, por
momentos de busca de prazer e relaxamento. E acreditem, pode-se ser muito mais realizado/a sexualmente na terceira idade do que na juventude.
Como os hormônios não estão mais em ebulição e os gens não irão mais reproduzir nossa espécie, o sexo pode ser mais suave, carinhoso, dedicado e cheio de amor. Uma verdadeira troca de carícias, onde poderá ou não ocorrer a penetração, mas existirá, sem dúvida a sabedoria e a cumplicidade.
Com os avanços da medicina os idosos mantém o interesse e a atividade sexual por muito mais tempo que no passado.
Reposição hormonal,viagra, pressão e glicose controladas e outras questões médicas controladas podem dar às pessoas uma vida sexual bem ativa e cheia de novas descobertas e conquistas.
Uma questão que preocupa é o aumento do número de pessoas infectadas pelo HIV e outras doenças sexualmente transmissíveis, porque os homens idosos não tem o hábito e não gostam de usar preservativos.
Apenas uma questão de educação sexual.
O importante é que os tabus sejam quebrados e os idosos não sejam mais vistos como seres assexuados e inúteis.
Continua...
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